quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Itacoatiara e as Lutas: Uma União que veio pra ficar.

                                                                                                              Por: Carol Meneses
    
Os irmãos no Costão de Itacoa em um dos treinos
   A praia de Itacoatiara, localizada em Niterói, e conhecida como paraíso tanto pela beleza natural, quanto pela beleza das pessoas que a frequentam. Itacoatiara, ou Itacoa para os íntimos, que significa “Pedra Riscada”, é point certo de surfistas e já recebeu diversos campeonatos. Mas “Itacoatiaradise (mistura de Itacoa com paraíso) não vive apenas de surf e outros esportes aquáticos, o lugar também é palco para diversos esportes, inclusive para as artes marciais e outros tipos de lutas, e quem comprova isso são os irmãos Richard e Philip Clarke.
    Richard Clarke, MasGuru(Mestre)4 hagdan(grau) no Kali Silat, iniciou seus treinamentos em 1999 com o masguru Paulo Albuquerque, e é reconhecido em 4 escolas de Kali e 1 de Silat, além disso também é mestre em 4 grau de Kombato, ciência da proteção. Já Philip, que iniciou seus treinamentos no Jiu Jitsu ainda aos 9 anos, é  faixa preta da equipe PRVT, professor e responsável pela arte suave no Projeto Geração Careta, e considera que a arte suave não é somente um esporte, mas também um estilo de vida com valores como respeito e hierarquia. E a relação de ambos com Itacoa é tão forte que eles quiseram levar para a praia preferida, o estilo de luta que amam.


 Um dos pontos fortes, na opinião do Richard, para a ideia de treinar fora do ambiente de academia foi o fato do Kali Silat, nas Filipinas, ser praticado, em sua maioria, fora dos dojos, em florestas ou praias, e são chamados  de treinos tribais. No caso da arte suave não foi muito diferente,pois de acordo com Philip, o Jiu Jitsu desde que foi criado como arte marcial também esteve ligado à natureza, e destacou que as artes marciais, em sua maioria, nasceram para “imitar” os movimentos dos animais, e que corridas, escaladas, treinos e todas as atividades extra academia ajudam a revigorar e renovar o espírito marcial. E a praia escolhida por ambos foi Itacoa, o paraíso natural com areia, mar e montanhas, receptível para vários esportes, e que traz energia revigorante para todos eles.
   Quanto aos prós e contras dos treinos serem ministrados nessa praia, há uma leve divergência entre os irmãos Clarke. Richard classifica que só existem prós, e que quando se tem disciplina não se perde o foco, e que o local faz o aluno se conectar e focar ainda mais. Philip concorda em partes já que considera os prós como variação de ambiente, utilização de estímulos, descontração e maior integração dos alunos, mas admite que existem os contras como: tempo, deslocamento e condições climáticas.

    Tanto os alunos de Kali Silat quanto os de Jiu Jitsu adoram os treinos no paraíso, além de ficarem ansiosos e com isso o treino rende mais, ainda rola uma “prainha” de recompensa. E os treinos das duas modalidades são abertos para pessoas que seja fisicamente saudável e do bem. No caso da arte suave o treino é combinado de acordo com a disponibilidade dos alunos, já com o Kali Silat é necessário fazer uma inscrição. Em ambos os casos a melhora no desempenho e uma maior aproximação do grupo é perceptível.

Os irmãos guerreiros ainda deixaram um recado tanto para os professores de artes marciais e outros tipos de luta, quanto para os alunos:
  • Richard Clarke: Senhores, tentem levar a natureza aos alunos, alunos tentem ir a natureza, mais tarde vão ter ótimas lembranças . Mabuhay! ( vida longa );
  • Philip Clarke: Para os professores, que certamente já fazem algo do tipo, ou mais.. Mas para quem não faz... FAÇA!!! Só tem a ganhar... Além do que falei acima, melhorar a aderência dos alunos à modalidade. Aos alunos... Se informem, fiquem atentos e participem... Todos têm a ganhar e conhecer uma nova abordagem a uma atividade ou arte marcial...Osss

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

MMA X Vale Tudo

                                                                                                       Por: Carol Meneses
   
Luta de Vale Tudo com adversários de pesos diferentes
  Algumas pessoas ainda acreditam que o Vale Tudo e as Artes Marciais Mistas são a mesma coisa, mas na verdade o MMA pode ser considerado uma evolução do antigo Vale Tudo, que era mais visto como uma “rinha” humana do que como um esporte em si. É verdade que ambos os esportes aceitam todas as modalidades de lutas.
  Porém, uma das grandes diferenças é exatamente que no Vale Tudo o atleta utilizava e treinava apenas uma modalidade para vencer o adversário de outra modalidade e provar a superioridade da sua luta, além de não ter quase nenhuma regra, inclusive não existia a separação por peso.
  Ao longo dos anos isso foi mudando, e a maioria dos atletas passaram a treinar diversas modalidades e assim se tornar um lutador “completo”. Outras características que fizeram o VT evoluir para o MMA foram a criação de um novo espaço para as lutas (octógono) e a implementação de regras: seja pela divisão das lutas por peso, ou pelas proibições a seguir:
Luta de MMA com atletas e árbitro.
  1. Cabeçada;
  2. Dedo no olho;
  3. Mordida;
  4. Puxar cabelo;
  5. Ataque à boca do adversário com a mão;
  6. Ataques à virilha;
  7. Enfiar o dedo em qualquer orifício (corte ou laceração) do adversário;
  8. Manipular as articulações do adversário;
  9. Ataques à coluna ou parte atrás da cabeça;
  10. Golpear usando a ponta do cotovelo de cima para baixo;
  11. Qualquer tipo de ataque à garganta;
  12. Beliscar e arranhar;
  13. Agarrar a clavícula;
  14. Chutar a cabeça do adversário que está no chão;
  15. Atingir com o joelho a cabeça do adversário quando ele estiver no chão;
  16. Atacar o rim do adversário com o calcanhar;
  17. Arremessar o oponente de cabeça no chão;
  18. Atirar um adversário para fora do octógono;
  19. Segurar o calção ou luvas do adversário;
  20. Cuspir no adversário;
  21.  Ter uma conduta antiesportiva que cause algum dano ao adversário;
  22. Segurar nas grades do octógono;
  23.  Atacar o adversário durante os intervalos;
  24.  Atacar o adversário que está sob os cuidados do juiz;
  25. Atacar o adversário após a campainha ter anunciado o final do round;
  26. Desrespeitar as instruções do árbitro;
  27. Evitar contato com o adversário, deixar cair intencional ou insistentemente o protetor bucal ou fingir uma lesão;
  28. Interferência da equipe do lutador dentro do ringue;
  29.  Jogar a toalha durante a competição.




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Camp Girls da PRVT divou na Baixada Fluminense

                                                                                                              Por: Carol Meneses
Atletas PRVT e organizadores do evento( Foto: Michael Pereira)

  Na última sexta feira( 29), o Shopping Grande Rio,  recebeu um evento que abalou as estruturas da Baixada Fluminense com grandes exemplos femininos, não estou falando de desfiles de moda ou peças de teatro, me refiro as divas do MMA. Logo  na entrada do shopping montaram uma estrutura de treino aberto ao público, que conseguiu acompanhar de perto a preparação das atletas de uma das maiores equipes de MMA do país. Além das PRVT Girls, o evento contou com apresentações de Ju-Jutsu, ring girls, treino da Beto Padilha Team e a presença de campeões com seus cinturões que moram na região, o público ainda teve a oportunidade de tirar fotos com a réplica do cinturão do UFC.
   As principais atrações da noite foram as atletas da PRVT, que estão em fase de treinamento para realizar uma boa temporada em 2016, entre elas estão Jéssica Bate-Estaca do UFC, que era o principal nome do time no evento, Istela Nunes e Mariana Morais, ambas do Invicta FC e as lutadoras do XFC, Jady Menezes e Priscila Souza( essa última também é campeã do Shooto Brasil). As atletas realizaram treino aberto e interagiram  com o público mostrando como é a preparação de uma atleta de MMA. A guerreira Jéssica Bate-Estaca elogiou bastante o evento:  “O evento foi bem legal, bem organizado, está divulgando legal o esporte, o MMA em si. Achei muito bacana e espero que outras pessoas tomem também essa iniciativa de trazer o MMA, o Jiu-Jitsu, o Kickboxing para o público para eles conhecerem um pouco e verem como esporte.”
Treino aberto( Foto: Michael Pereira)

 Outra equipe a fazer treino aberto foi a Beto Padilha Team, e trouxe o ex participante do TUF Brasil 3, Cabo Job, como atração principal. A apresentação de Ju-Jutsu ficou por conta da Hokutoryu e mostrou ao público um pouco mais dessa modalidade. Outra atração especial do evento foi a oportunidade de tirar foto com a réplica do cinturão do UFC.

Equipe do Evento( Foto: Fabio Caxias)
   O shopping teve movimentação diferenciada do habitual, pois ao invés da procura por produtos e serviços inerentes à um shopping, o corre corre foi para chegar perto dos atletas e ídolos dos esportes de lutas da região. O público empolgado foi muito participativo e teve a oportunidade de ganhar alguns brindes dos parceiros do evento.